quarta-feira, 16 de junho de 2010

A Copa do Mundo nem sempre é nossa...

...mas com brasileiro não há quem possa! Enquanto no Brasil todos meus contactos virtuais só me falam de Copa do Mundo, por aqui é mais ou menos assim:

Saí de casa ontem as 14 horas, enrolado com a bandeira de Portugal, conforme havia prometido para o meu amigo português Diogo Ramalheira. Já nos primeiros passos que dei na rua me senti como um estranho no ninho. Será que me enrolei com a bandeira errada? E certifiquei-me de que era a bandeira portuguesa que estava pendurada às minhas costas. (A bandeira do Brasil tava dobrada debaixo do braço). 
O jogo de Portugal começaria as 15 horas, mas não vi uma única bandeira sequer a tremular. Nenhum carro a buzinar, ninguém vestido com as cores de Portugal; As pessoas na rua caminhavam como se nada estivesse prestes a acontecer. Eu, um brasileiro, era o único transeunte na rua que carregava a bandeira de Portugal. Foi estranho, muito estranho !
Sei que a selecção portuguesa não anda lá muito bem das pernas, mas o time não é ruim. E além do mais, um pouco mais de patriotismo seria muito bem vindo, sim senhor!
Na hora do jogo la estava uma multidão de pessoas sentada nos jardins da Associação Académica, diante de um telão enorme, para ver o empate a zero entre Portugal e Costa do Marfim. Embora eu tenha mesmo torcido por Portugal, fiquei com a impressão de que a Costa do Marfim se mostrou bem mais perigosa, e favorita para avançar à próxima fase.
Ficamos ali na associação por algum tempo até que começasse o jogo do Brasil. Aos poucos os brazucas foram se juntando... camisas, bandeiras, cavaquinho, pandeiro, tamborim, violão...e aí já viu..festa! 
E ali com aqueles brasileiros todos reunidos, separados de sua casa por um enorme oceano, cantamos o  trechinho do hino nacional. E nunca foi tão gostoso cantá-lo, apesar de, vergonhosamente, muita gente não saber fazê-lo. 
O jogo não foi lá grande coisa. O adversário defendeu-se com 11 jogadores e o Brasil não tava muito inspirado. Mas é isto, Copa do mundo nunca é fácil. Estreia sempre é complicado. Não acredito no título, mas acho sim que podemos fazer uma boa campanha.

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