segunda-feira, 7 de junho de 2010

Da série grandes amigos que fiz em Coimbra - parte 1

Já falta pouco tempo para ir embora...de facto, pouquíssimo tempo. O espírito de contagem regressiva já se instalou e agora o que resta é curtir as despedidas. Tenho narrado através destes posts toda a minha trajectória na terra do Camões. Então nada mais justo do que fazer aqui uma breve homenagem a todos aqueles que comigo estiveram nessa longa travessia. A sequência de homenagens será determinada pela ordem cronológica que estas pessoas apareceram na minha vida Conimbricense.
Inauguro então a série "Grandes amigos que fiz em Coimbra" com uma homenagem dupla! 
Essa pessoa me cativou logo no 1o dia de aula do Mestrado. Cheguei cedo na sala 14 para assistir a sofrível aula de Direito Civil. (Na altura eu não fazia ideia de quanto eu odiaria essas aulas).Na sala só havia 2 pessoas. Uma delas chegou com um sorriso bastante simpático e já puxando conversa. Com o tradicional "cê também é brasileiro?", iniciou-se o nosso primeiro diálogo, que continuou num almoço após a aula. Além da simpatia a menina tinha também muita história pra contar. Da sua estada em Dublin trabalhando como garçonete, do seu noivado com o "bebê", da sua ideia de fazer o mestrado e depois o doutorado. A mineira simpática chamada Ana Amélia é um doce. Impossível é alguém dizer que não gosta dela. Uma pessoa amável, divertida e com uma cabeça bem aberta. O seu único problema é que é caloteira. Na primeira semana que nos conhecemos ela prometeu preparar um almoço. Já estamos quase a ir embora e até agora nada de almoço! ANA, CUMPRA SUA PROMESSA!
Já na semana seguinte, na mesma aula de Civil, conheci a Professora Rosângela. Não foi muito difícil me aproximar dela. Primeiro porque os brasileiros tendem a se unir. Segundo porque identifiquei aquele sotaque nordestino de longe. E nessa hora o Piaui ficou bem perto do Rio Grande do Norte. A Rosângela, que poucos dias depois já virou "Rô", é uma mãe 24hrs por dia. Além de cuidar do Mateusão (UMA FIGURAÇA de 2 aninhos de idade que me faz quase chorar quando me chama de "tio Berto") e do Wendson (seu marido e sofredor flamenguista), cuidou de todos nós aqui. Sempre lembrando das aulas, dos horários, dos papers. Não podia ver ninguém espirrar ou tossir que já vinha perguntar se tava tudo bem, se queria remédio,etc. A família Zuza Medeiros foi a família mais próxima que tivemos por aqui. E quando se está do outro lado do oceano, isto ajuda muito!
Eu me arrependi amargamente de ter escolhido a cadeira de Direito Civil. Me maldisse todos os dias por ter feito essa opção. Mas quando penso que se eu não tivesse feito esta escolha, eu não teria conhecido vocês, eu vejo que valeu a pena aguentar todas aquelas insuportáveis manhãs de 3a feira! Vocês estão guardadas aqui no meu coração piauiense, meninas! :)

4 comentários:

  1. Isso não vale..sabe como mãe é boba para chorar né?! Mas o que vale é que sempre seremos a família coimbrense que se encontrará em qualquer lugar e a qualquer tempo sempre,mesmo que o Piauí fique agora um pouco mais longe geograficametne do Rio Grande do Norte sempre termos Coimbra...a verdade é a frase que vimos aqui"momentos que passam...saudades que ficam" mas junto com elas sempre ficam os sentimemtos..isto é a nossa amizade. Obrigada!

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  2. Que lindo esse post, adorei sua ideia da série para homenagear as pessoas importantes pra você nessa fase da sua vida. Beijos

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  3. A Ana é uma fofa, e a Rosângela e sua família fazem qualquer carnaval no interior de Portugal valer a pena!
    Moema

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  4. Uma referência mais que merecida, são as duas espectaculares :)

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